Do outro lado da cidade Daniele
esta furiosa a, sua raiva era tanta, que as palmas de suas mãos estremeciam a
todo o momento. Fora até o casarão de Agatha e ela não estava lá, o criado de
sua pupila a informou que ela tinha saído na noite anterior com sua moto e
ainda não tinha regressado para casa. Ao vasculhar os cômodos da casa, a única
coisa que encontrara fora o celular da vampira estraçalhado pelo chão. Ela
sabia que precisava tomar medidas drásticas antes que não pudesse mais ter
controle algum sobre ele. E todos os seus planos e sonhos de destruir os homens
iriam por água abaixo, além que viveria novamente uma vida solitária no seu
eterno destino em busca de vingança. Sim, até poderia transformar outra em
vampira, ensinar costumes plantar a sede de ira na nova transformada. Mas ela tão
queria isso. Gostava de Agatha, era
forte, inteligente, de personalidade marcante. Precisava descobrir mais, o que
será que estava acontecendo para que ela mudasse tanto em tão pouco tempo?
Essa pergunta fez com que ela se lembrasse
de imediatamente do pianista virtuoso. E sua raiva aumentou. Com velocidade
anormal saiu do casarão em direção à estação a luz e logo estava em frente ao
piano o ouvindo tocar. Mas hoje ela não ia parar para apreciar a música ou
fazer seus jogos de costume. Queria acabar logo com aquilo, ter sua vida de
volta. Apenas sussurrou no ouvido dele:
-Venha
comigo, ou matarei sua mulher e agora!
O pianista sentiu um calafrio em
sua espinha, deixando sua coluna até mais ereta. A voz o congelou, lembrou-se
de tudo que tinha acontecido na outra noite. As lembranças estavam sendo todas
carregadas em sua mente. Com um gesto inocente fez o sinal da cruz, antes de
saltar da cadeira e deixar o piano para acompanhar a voz fria de uma mulher tão
bonita e cruel.
Quando os dois estavam longe da
multidão e de olhares curiosos da estação de trem, ele por fim perguntou:
-O
que você quer dessa vez?
Daniele
que vestia uma camisa vermelha de seda com pequenos botões delicados abriu
alguns botões mostrando um decote avassalador, aproximou-se do pianista e em um
sussurro quase inaudível para um ouvido humano disse:
-Que
me deseje e mostre sua verdadeira natureza!
-Eu
só desejo uma única mulher, e meu coração é somente dela. Você pode ser linda e sedutora, mas meu amor
pertence a uma única pessoa para o resto da minha vida e eu tenho honra e
caráter para respeitá-la até o fim dos meus dias.
A
vampira que não estava com paciência para coversa fiada, esbofeteou a cara do
pianista com força suficiente para que o pescoço dele virasse de lado. Com suas
unhas arranhou a parte da jugular do pescoço dele e viu pequenos fios de sangue
começar a escorrer dali. O cheiro era tentador e já lambia os beiços com o
desejo de matar sua sede. Mas se a Agatha descobrisse que ela matará o
desgraçado iria sentir repulsa e assim acabaria se afastando dela uma vez por
toda. Tinha que dar um jeito de
corromper o pianista para que a morte dele fosse justificável. Então se lembrou
da mulher dele que o aguardava todos os dias, e um sorriso maligno cobriu o seu
rosto.
-Mas
uma vez te deixarei, mas tenho certeza que muito em breve nos encontraremos!
Volte para seu piano!
E
como por mágica evaporou no ar, deixando apenas uma densa neblina fria pelo ar
e o Douglas desconcertado tentando buscar respostas em sua memória do que tinha
ocorrido e de como tinha ido parar li.
Daniele
ágil, já estava na frente da casa do pianista, tocando a campanhia
insistentemente quando uma mulher sem graça abriu a porta para ela.
-Oi,
você é a Camile?
-Sim,
quem é a senhora?
-Trago
noticia do seu marido, sinto muito!
Camile
assustada pensando que pudesse ter acontecido algo de grave, nem percebeu que
estava diante de um perigo dos grandes. Abriu toda a sua porta convidando a
mulher para que entrasse na sua casa. Talvez seu pior erro
Daniele
entrou, olhando tudo ao redor, uma casa simples, com cheiro de hortelã,
fotografias e pequenos quadros na parede. Parecia mesmo um lar feliz, onde o
conforto e o amor eram suficientes. Sentiu um nó se formar na garganta, mas não
tinha chego até ali para desistir. Pois precisava novamente da Agatha ao seu
lado.
-Então
que noticias traz?
A
vampira girou rapidamente para a mulher a sua frente, a pegando pelo pescoço e
a jogando na parede.
-Na
verdade nenhuma querida!
Camile
tentou se esquivar pelo chão, mas a vampira foi mais rápida a segurando pelos
cabelos.
-Não
adianta fugir!
E
sem mais brincadeiras cravou os dentes na jugular da querida amada do pianista,
sorvendo até a última gota de sangue e a deixando caída sem vida ali. Pensou em
ficar mais um tempo pela casa, mas sentiu o cheiro dele, e sabia que estava
chegando. Saiu da casa e quando já
estava no fim da rua ouviu o grito de dor e tristeza do pianista. Gargalhou e
voltou a caminhar, e aos poucos foi evaporando no ar, deixando apenas o som da
sua gargalhada.
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