Catarina
olhou para o relógio, sob a mesa da cabeceira da sua cama, os ponteiros
indicavam cinco horas da tarde. Logo anoiteceria, e essa certeza fez com que
seu coração disparasse e sentisse aquela ansiedade costumeira que invadia seu
corpo poucas horas antes do anoitecer. Mordeu seus lábios e fechou seus olhos.
Deixou que aquela sensação fluísse por seu corpo e quando a inquietude
dominou-a por completo decidiu levantar e começar os preparativos.
Tomou um
longo banho, sentido a água que escorria por seu corpo causando calafrios. Suas
mãos deslizavam por seu próprio corpo sentido a textura macia de sua pele.
Gostava de se tocar e conhecer seu próprio corpo, porém nada melhor do que os
toques que aguardava mais tarde. Nada melhor do que as noites que passava ao
lado dele. Nem sabia qual o nome dele, apenas que aparecia para ela todas as noites
e a dominava de tão forma. Nunca tinha se entregue a alguém daquele jeito, mas
com ele se sentia livre. E era apenas toda sensações e desejos. Seu corpo já
apresentava pequenos espasmos quando desligou o chuveiro e foi para o quarto.
Olhou para as gavetas de roupas entreabertas e decidiu que não vestiria roupas.
Apenas o conjunto novo de lingerie. Uma calcinha preta totalmente rendada,
espartilho também preto com rendas, e a parte do bojo meia taça, luvas que iam
até a metade do braço rendadas e para completar o visual meia calça preta e
cinta-liga. Terminou de se vestir e olhou para o espelho, tinha escolhido bem a
cor de suas peças. Sua pele alva com o tecido negro dava um contraste bonito e
sensual. Catarina ligou o som e deixou um blues qualquer tocar baixinho. Pegou taça
que guardará de na escrivaninha e a encheu com um pouco de champanhe. Sentou no
tapete do seu quarto, que era macio e feito de pele enquanto aguardava.
Sentiu a
brisa quando a janela do seu quarto foi aberta e sabia que ele estava presente.
Seu quarto se encheu com um pequena névoa fria, mas nada disso importava. Seu
coração acelerado e sua respiração já entrecortada ansiavam por sentir o toque
dele. E meio que esperado e ao mesmo tempo não, sentiu quando as mãos dele
firmemente agarram seu cabelo, fazendo seu pescoço arquear. Com o movimento
brusco deixou a taça cair no seu tapete, mas no momento não se importava com isso.
Somente se importava com os lábios dele que percorriam a extensão do seu
pescoço e ouvido a fazendo estremecer e gemer baixinho. Fechou os olhos e
deixou que o estranho a dominasse por completo. Sentiu quando ele juntos as
mãos dela, e depois escutou o estalo das algemas que se fechavam em seu pulso.
O toque frio do metal em sua pela deixou-a mais excitada e ansiosa para o que
aconteceria a seguir.
Catarina
foi deitada no tapete de forma gentil, enquanto o desconhecido pegava a garrafa
de champanhe e derrubava o liquido por toda a barriga dela. Quando achou que
tinha sido o suficiente, pousou os lábios e começou a sorver do líquido no
próprio corpo dela, descendo a língua e os lábios pela barriga, virilha até
chegar ao sexo dela. E voltando a subir lentamente até o pescoço. Catarina enlouquecida, já não conseguia
respirar, seu corpo tremia em espasmos e sabia que o ápice logo aconteceria. O
homem misterioso prendeu o olhar nos dela e fez sentir-se única. O olhar que
ele lançou era sensual, e mostrava todo o desejo que ele tinha por ela. Após
alguns segundos sustentando o olhar, ele abaixou e voltou para o pescoço dela,
dessa vez suas presas já estavam postas e lentamente ele a mordeu, perfurando
um pouco da pele, que ainda esta semiaberta devido a noites anteriores. Enquanto
sorvia da vida dela, suas mãos hábeis já tinham arrancado às peças íntimas de
baixo e quando intensificou a mordida e forma como sorvia, foi ao mesmo tempo
em que invadia o corpo dela. Em movimentos sincronizados, sentiu quando
Catarina enroscou a perna em volta do corpo dele e as contrações começaram. Ela
gemia baixinho e seu corpo era todo tremor, os espasmos cada vez mais forte e a
pela arrepiada. Cataria nessa hora queria arranhá-lo para intensificar ainda
mais o que sentia, mas suas mãos estavam presas e ao se lembrar disso e excitou
mais ainda e não conseguindo mais conter se entregou ao orgasmo esplendoroso
que tinha com aquele homem. E sabia que também o satisfazia entregando um pouco
de sua vida e de seu sangue. O alimentando.
Sabia
que agora ele sairia pela janela e só voltaria na próxima noite, sentiu quando
ele soltou suas mãos, deixou seu corpo ainda mole relaxar mais e adormeceu
sobre seu tapete com um sorriso nos lábios e aguardando a próxima noite.
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