segunda-feira, 26 de maio de 2014

A lança do destino Cap 8



Sarah e Lucio estavam do lado de fora alimentando o cavalo e conversando ainda sobre as coisas que ela tinha visto. Cassius despertou do sono e ouviu vozes do lado externo. Uma reconheceu, e a outra não. Ele então saiu para procurar e viu Sarah conversando com um homem. Ficou intrigado, pensando no que aquela mulher misteriosa estava aprontando dessa vez, mas apenas disse:
         - Vamos prosseguir viagem?
         - Ora, ora. Veja quem acordou. Esse é Lúcio o dono da cabana.
         -Olá!
         - Oi, perdoe-nos por ter usado sua cabana.
         - Sem problemas, vocês prosseguem viagem para que lugar?
         - Roma!
         - Vão precisar de comida. Vou preparar algo para que vocês leve no caminho.
         Os três entraram novamente na cabana. Enquanto Lucio preparava algumas frutas e pães, notou que Sarah e Cassius pareciam dois seres que se completavam. Como se um fizesse parte do outro. Os movimentos dos dois pareciam sincronizados. Sorriu talvez um dia ainda os dois se apaixonassem. Talvez.
         Seus pensamentos foram despertos pelo barulho de trotes de calos, e gritos de homens.
         - Droga, será que todo mundo quer nos matar?
         -Não vieram atrás de nós, vieram atrás de Lúcio.
         - Ótimo assim temos tempo de fugir.
         - Não Cassius temos que ajudá-lo.
         A cabana já estava cercada por alguns homens. Os mesmos que haviam matado Ìsis. Decidiram vir atrás de Lúcio para que não houvesse testemunha do que tinham feito. Para que o serviço fosse completo também caso o marido daquela bruxa herege fosse também um adorador do demônio.
         Algumas batidas se fizeram escutar na porta. Os soldados aguardavam alguma resposta.  Mas tudo que vinha de dentro da cabana era o silêncio. Não fosse o cavalo ali fora acreditariam que o lugar estava abandonado. Não confiaram muito na palavra do velho homem que os informou de que havia vendido a cabana para o marido da bruxa. Bateram mais algumas vezes na porta e já estavam prontos para arrombar e acabar com aquilo de uma vez, quando forte estrondo arremessou a porta contra eles derrubando o soldado mais próximo de cima de seu cavalo. Pedro mesmo tendo caído, nesse golpe inesperado não se deixou abater. Levantou depressa, recuperou sua espada e olhou em direção onde antes havia uma porta. Não era o homem que procuravam, mas mesmo assim deveria morrer por ter ousado atacar homens da igreja. Homens de poder absoluto que só faziam o bem. O que Deus pedia que eles fizessem para não corromper o mal sobre a terra. Os outros soldados continuavam parados, aguardando ordens. Mas não tiveram. Apenas viram Pedro com passos firmes ir em direção ao homem que continuava parado os olhando. Nenhum movimento. Apenas parado como se zombasse deles. Os desafiasse. Quando o soldado ficou a cetimentros do vampiro e pode olhar nos olhos dele, deu um sorriso malicioso. E em um grito quase já de vitória levantou a espada tentando acertar Cassius, que na mesma hora reagiu e com seus reflexos evitou o golpe certeiro. E foi a vez dele atacar, com a espada em mãos feriu um golpe em Pedro. Os dois então começaram um duelo de espadas, digno de se ver. Pedro era humano, mas tinha habilidades esplendorosas na espada. Desviava com habilidade e rapidez necessária. E não sabia o que de fato era seu inimigo. Para ele era apena um homem desrespeitando as leis da igreja.
         Cassius golpeava co9m força e muitas vezes o tinir da sua espada ameaçava acertar o inimigo. Enquanto lutavam Pedro ordenou aos outros homens que entrassem na cabana vasculhando todo o local. E matassem todos que encontrassem por lá.
         Os homens desceram do cavalo, e esqueceram-se do real motivo que o trouxeram ali. Estavam em fúria. Só pensavam em matar, matar. Para isso tinham sido treinados e manipulados. Para acreditar em uma única verdade soberana do poder. Dentro da cabana por um momento eles acreditaram não haver ninguém, apenas breu. Foi então que um deles foi atingido de surpresa por uma espada. José nem pode ver quem atingiu, caiu desmaiado ao chão. Os outros a verem uma mulher com uma espada na mão, que acabara de matar um dos seus, não pestenejaram e correram na direção dela. E mais uma vez um foi tombado ao chão com um golpe na cabeça. Dessa vez por Lucio que saia do seu esconderijo. Três homens ainda permaneciam de pé e lutavam para matar aqueles dois atrevidos. Um deles em um momento de distração foi atingido pela espada de Sarah, que atravessou seu coração.  Ela tirava a espada para continuar a luta, mas o outro veio pelas suas costas e empunhou uma lança contra seu pescoço. Ela então ficou imóvel por instantes e seguindo seu instinto e com agilidade conseguiu distanciar o pescoço um pouco da lança e abaixar seu corpo. Quando o mesmo tentava capturá-la novamente acertou a espada em cheio em sua cabeça. Lucio lutava com os outros dois homens e já tinha reconhecido serem os assassinos de sua esposa, lutava com tanta fúria que deu cabo dos dois em instantes. Mas ainda não podiam respirar aliviados, correram ao lado de fora e o que virão foi Pedro tombado ao chão, e o vampiro se alimentando dele.
         Lucio ficou levemente assustado, mas sabia que o mundo tinha muitos mistérios e criaturas estranhas. Aos poucos se acalmou.
         Todos os soldados estavam mortos e já estava na hora de Cassius e Sarah partirem. Foi quando ficaram novamente surpresos:    
         - Vou com vocês!
         - È perigoso de mais...
         - Meu caro vocês salvaram minha vida, me deram esperanças e mataram os homens que destruíram minha mulher e filho ainda estava no ventre.
         Assim sendo os três prosseguiram viagem juntos para Roma. Cidade em que o poder da igreja católica reinava. Onde quase tudo, até mesmo pensar era considerado heresia. Cabeças eram tombadas sempre que os soberanos se consideravam ameaçados. Foi uma viagem longa, cansativa, mas tranqüila de ataques. Quanto mais se afastavam do ponto de partida, menos as pessoas reparavam neles.
         Sarah acreditava que o destino havia os juntado. Sabia que enfrentariam muitas batalhas e que encontrariam algo estranho e que influenciaria muito suas lutas. Algo que somente poucos homens tinham acontecimento. Algo que podia dominar o tempo. Era a chave do poder e da destruição. Algo criado por homens ambiciosos que desejavam reinar para sempre. Mas não conseguiu através da sua visão, que tivera ainda no estábulo quando conheceu o vampiro, identificar o que era aquilo que encontrariam no caminho.
         Roma era uma cidade rica, composta praticamente pelos lideres da igreja e mercadores. Quase todos tinham uma vida farta, menos os camponeses que além de terem pouco, eram extorquidos e obrigados há dar o pouco que tinham a homens frios em nome de Deus.
         Os três chegaram à cidade e em um primeiro momento não chamaram a atenção. Muitos chegavam ali com expectativas de uma vida melhor devido às maravilhas que falavam de lá aos quatro cantos. O fato é que muitos poucos conseguiam essa melhoria há não ser que tivessem fortes influências católicas. Encontraram então um lugar para se hospedarem. Precisavam descansar e arquitetar um plano para invadirem o templo e encontrarem a maldita lança. No pergaminho que encontraram dizia claramente que ela estava sendo guardada no templo. Cansados de mais adormeceram para aguardar o cair de uma nova noite e prosseguirem com seus planos.

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